Qualificação de lideranças, prospecção de associados e homenagem marcam o primeiro dia do ProEC em Ponta Grossa
28 de setembro de 2023, às 18h46 - Tempo de leitura aproximado: 6 minutos

Organizado pelo Crea-PR, iniciou nesta quinta-feira (28) o 9º Seminário Estadual do ProEC – Programa de Apoio à Sustentabilidade das Entidades de Classe – e 6º Encontro Técnico de Lideranças na Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Ponta Grossa (AEAPG). O evento faz parte do Programa cujo objetivo é auxiliar na gestão e equilíbrio financeiro para manutenção dessas associações. Participam do evento representações das Entidades de Classe e das Instituições de Ensino, inspetores, coordenadores estaduais do CreaJr, destacando a promoção de debates sobre a importância das profissões da Engenharia, Agronomia e Geociências junto à sociedade.
Na abertura, o presidente do Crea-PR, Eng. Civ. Ricardo Rocha de Oliveira, citou que esse é o último ProEC dessa gestão, e agradeceu “pelos avanços realizados em conjunto, com uma gestão cooperativa, compartilhada e participativa”. Falou ainda da palestra do Rodrigo, que traria importantes reflexões sobre liderança e associativismo, da programação de sexta, que vai abordar o planejamento de ações conjuntas das Entidades de Classe para 2024 com a Agenda Parlamentar, Frente Parlamentar, edital de chamamento, entre outros assuntos.
O presidente carinhosamente falou do Eng. Civ. Carlos Roberto Wild, falecido recentemente, profissional bastante ativo no Sistema, que estava este ano como coordenador estadual do Colégio de Entidades de Classe. “Neste momento é um misto de emoções participar desse evento, pois a falta do Wild, um referencial para nós, faz com que os nossos corações tragam as boas lembranças de tudo que ele fez, em momentos muito significativos para as Entidades de Classe. Este evento e o 49º Epec, que acontece em outubro, têm especialmente a mão dele na organização, programação e convidados”. Além disso, ele ajudou muito as ECs em questões de desenvolvimento e organização administrativa e financeira. “Wild tinha a veia do associativismo presente nele”, destacou o presidente Ricardo.
Na sequência, o coordenador estadual do Colégio de Entidades de Classe, Eng. Agr. Silvério Cândido da Silva, fez uma breve e saudosa fala, lembrando o coordenador anterior, Eng. Wild. “Pelo pouco tempo que convivemos eu já tinha muita familiaridade, mas agora nós queremos levar adiante o trabalho que ele vinha fazendo aqui, tudo que deixou encaminhado, e queremos manifestar todo respeito pela sua passagem”.
O Eng. Civil José Felipe Zemniczak, presidente da AEAPG, deu as boas vindas a todos os participantes em sua Entidade, “que realiza há 46 anos esse trabalho de associativismo”. Para ele, “o ProEC proporciona a troca de ideias, treinamento, troca de experiências que podem ajudam a lidar com as várias dificuldades que temos como manter o associado”.
Estavam presentes também representantes do Comitê Empresarial, Mútua, coordenadores de Câmaras Especializadas e diretores do Crea-PR.
Encerrando a abertura, o coordenador da Comissão Eleitoral Regional, Eng. Mec. Ayrton Pontes fez uma apresentação geral sobre o processo das eleições que acontecem esse ano. Todas as informações podem ser consultadas nesta página.
Associativismo: como envolver mais os profissionais com as Entidades de Classe e ensinar novas técnicas
Após abertura, quem conduziu a programação da tarde foi o consultor Rodrigo Saporiti, publicitário com experiência como team builder, professor do curso de Gerenciamento de Empresas no Centro Europeu, e em treinamento de equipe. Por conta dessa bagagem profissional, foi chamado para falar do tema Associativismo: como envolver mais os profissionais com as Entidades de Classe e ensinar novas técnicas.
Nas boas-vindas, Rodrigo afirmou ter programado um workshop: “assim, vocês conseguem trabalhar soluções para produzir alguma coisa possível de ser aplicada em breve. Definimos as estratégias e os participantes focam em melhores práticas”, diz.
A pergunta inicial foi: quando falamos de associativismo estamos falando de quem? A resposta foi simples: Gente! Falando de maneira mais generalizada, Rodrigo instigou os presentes. “É preciso trabalhar com prospecção ativa”, afirmou Saporitti ao dar o pontapé inicial em sua abordagem.
Prospecção ativa
Na sequência, um vídeo apresentado por Rodrigo entrou no tema processos. No filme, uma equipe trabalha arduamente por alguns minutos num pitstop de corrida, empenhada na manutenção do carro, liberado em um minuto. Depois, outro exemplo mais atual mostra a rapidez e fluidez do serviço, realizado em 13 segundos. Moral da história: Os processos funcionam!
“Processos têm envolvimento de várias partes, se a gente quer evoluir, tem que cumprir processos”. Em seguida, uma reflexão: “A satisfação do cliente é o nosso negócio”. De acordo com Saporiti esta frase já esteve certa, mas não está mais. “Satisfação é simplesmente receber pelo que pagou. Porém, as pessoas querem ser encantadas e não ficarem somente satisfeitas”, explica.
Trazendo a reflexão para a realidade dos participantes do evento, ele questiona: os associados que saem e desistem, o que está acontecendo com eles? Com isso instigou a plateia, aproveitando para uma interação com os participantes.
Imersos a reflexões e aprendizados, uma das questões aprofundadas: Como lidar com as novas gerações?
Saporiti, explica o funcionamento social de todas as gerações que convivem atualmente: Belle Époque (antes de 1945), Baby boomer, MileniumY, Z e X, touch ou cristal. Segundo a geração Belle Époque tudo que faz parte do caráter é uma somatória do que a pessoa passou até os seus 12 anos. Estas pessoas são menos consumistas, começaram a trabalhar muito cedo e passaram pelas duas Grandes Guerras Mundiais. São pessoas que focam em sua sobrevivência, trabalham a vida inteira por se sentirem úteis dessa forma, têm medo de passar dificuldades financeiras e receio da tecnologia”.
A geração Baby boomer surgiu num momento de explosão demográfica, após a Segunda Guerra Mundial, quando os países estimularam o crescimento populacional objetivando o crescimento do mercado. Então esta geração abdicou de sonhos pessoais para reconstruir o mundo.
A chamada Gen – X, nascida na década de 60 a 83 foi a primeira a ter contato com mais tecnologia e produtos prontos, e trabalha em média 10 anos na mesma empresa.
A Gen – Y ou Millennials, nascida de 81 a 96, é oposta às gerações anteriores, com pessoas comprometidas com elas mesmas, que priorizam a qualidade de vida ao salário, buscando sempre seu bem-estar.
A Gen-Z e Touch ou Cristal são os menores de cinco anos, que desde meses já têm contato com a tecnologia.
Saporiti questiona os presentes se estão se preparando para lidar com essas novas gerações e fala sobre a prospecção. “Como encontrar as pessoas certas hoje em dia? A primeira coisa que vamos começar a pensar é isso, devemos estar onde estão as oportunidades”, diz.
Com uma atividade prática em grupo, o instrutor coordenou uma reflexão sobre as oportunidades para seus negócios associativistas, com as seguintes questões: perfil de associado ideal, características, dores do associado, expectativas, benefícios e diferenciais da entidade e novas estratégias. Alguns grupos tiveram a oportunidade de apresentar aos demais os seus insights.
Na última parte da palestra, Saporiti guiou um teste que indica as principais características das pessoas, explicando em seguida os pontos positivos e os pontos a melhorar em cada um desses perfis.
O 9º Seminário Estadual do ProEC – Programa de Apoio à Sustentabilidade das Entidades de Classe – e 6º Encontro Técnico de Lideranças segue a programação nesta sexta, dia 29.
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