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Acesso em 28/03/2024 às 05h08.

Força do Paraná no setor sucroalcooleiro nacional demanda atuação dos profissionais da Engenharia

28 de julho de 2014, às 13h50 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

 

A safra 2014/2015 de cana-de-açúcar deverá alcançar 671,7 milhões de toneladas, confirmando a posição do Brasil de maior produtor e exportador mundial, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Paraná é o quarto produtor de cana do País, com cerca de 610 mil hectares de área plantada e uma produção anual de aproximadamente 37 milhões de toneladas por ano. De acordo com a Associação de Produtores de Álcool e Açúcar do Estado do Paraná (Alcopar), a expectativa é que as 30 usinas do Estado produzam 1,5 bilhão de litros de etanol e 3 milhões de toneladas de açúcar, gerando uma receita de mais de R$ 1,6 bilhão ao ano.

Atento à expressividade da participação do Paraná no setor sucroalcooleiro nacional, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR) ressalta a importância da atuação dos profissionais da Engenharia em todas as atividades que envolvem o segmento.

O engenheiro mecânico Henrique Naoiti Hiracava, agente de fiscalização do Departamento de Fiscalização (DEFIS) do Conselho, afirma que o trabalho fiscalizatório do CREA-PR abrange as usinas de açúcar e álcool. “São verificados itens relativos a manutenções, instalações, assistência técnica, execução de obras ou serviços de Engenharia”, diz. “O critério utilizado é a identificação da existência de atividade de engenharia no período determinado durante a fiscalização”, acrescenta. Hiracava cita que os fiscais examinam, por exemplo, a elaboração de documentação ambiental e de segurança do trabalho, manutenção de equipamentos, caldeiras, geradores, compressores.

A engenheira agrônoma e agente fiscal do DEFIS, Rosane Pereira Scapin, conta que na fiscalização é aplicado um check list de possíveis serviços existentes no local, bem como solicitados documentos comprobatórios de serviços realizados por terceiros na indústria. Os fiscais informam que, no ano passado, o CREA-PR fiscalizou dez usinas do setor e, que até dezembro de 2014, mais dez empresas estão agendadas para receber a fiscalização.

Segundo eles, as principais irregularidades constatadas foram o exercício ilegal da profissão, a ausência de registro de pessoa jurídica e pessoa física e a falta de ART dos serviços fiscalizados. “Foram constatadas empresas terceirizadas prestando serviço sem o devido registro no CREA-PR e sem responsável técnico pela execução do mesmo”, fala Rosane.

De acordo com os engenheiros, as atividades do setor sucroalcooleiro exigem a atuação de engenheiros eletricista, químico, agrônomo, civil, mecânico e de segurança do trabalho. O fiscal Hiracava ressalta que muitas usinas de açúcar e álcool realizam a cogeração de energia elétrica daí a importância do trabalho do engenheiro eletricista. Ele observa que nas atividades sucroalcooleiras, sejam em usinas de açúcar ou destilarias de álcool, os serviços dos engenheiros são realizados de acordo com normas e com acompanhamento técnico, que garantem eficácia do produto final. “Além da segurança legal de que um profissional devidamente habilitado está responsável pela atividade realizada”, lembra.

Rosane reforça que a atuação dos engenheiros também é fundamental para o controle de qualidade, produção agrícola, aumento ou modificações de áreas de construção na indústria, manutenções mecânicas ocorridas durante todo o tempo de safra e entressafra. Para Rosane, o processo de industrialização do álcool e açúcar ocorre em larga escala e utiliza equipamentos de grande dimensão e que necessitam conhecimento específico. “A fabricação do açúcar sofre moagem, geração de vapor, cozimento e secagem. A fabricação de álcool passa pelo tratamento de caldo, fermentação e destilação. Todas essas atividades que necessitam de conhecimento técnico, portanto, é imprescindível a atuação dos profissionais de engenharia”, destaca.


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