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Acesso em 29/03/2024 às 04h27.

O Aeroporto Afonso Pena e seu potencial de crescimento em cargas internacionais

27 de novembro de 2015, às 15h54 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

Mario Cesar Stamm Júnior é engenheiro civil, doutor em engenharia de transportes.

Os resultados foram obtidos, como parte de um Projeto de Extensão desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina, onde são analisadas as movimentações de cargas aéreas vinculadas ao comércio exterior em aeroportos nacionais, utilizando-se um critério de agregação das mercadorias por cadeias produtivas, a partir da base de informações do sistema Aliceweb do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior. Ao final é apresentada a carga aérea potencial no comércio exterior que poderia ser transportada pelo Aeroporto Afonso Pena.

Analisando-se apenas o modal aéreo , o Brasil importa em valor, 3,6 vezes a mais do que exporta, o que gera uma balança comercial desfavorável ao país,. Em 2013 foram importados US$ 41,3 bilhões, enquanto as exportações somaram US$ 11,3 bilhões. Os aeroportos de São Paulo (Guarulhos) e de Campinas (Viracopos) foram os que mais movimentaram cargas no comércio exterior, seguidos dos aeroportos de Manaus, Rio de Janeiro (Galeão), Curitiba (Afonso Pena), Belo Horizonte (Cofins) e Porto Alegre (Salgado Filho).

O Aeroporto de Guarulhos exportou US$ 7,45 bilhões, detendo quase dois terços (65,77%) de todas as cargas exportadas pelo país em valor em 2013. Somando as cargas importadas, US$ 10,75 bilhões, totalizou US$ 18,20 bilhões.

O Aeroporto de Viracopos deteve uma parcela de 24,86% do mercado aéreo de exportações, com uma quantia de US$ 2,82 bilhões. Em relação às importações, foi a maior porta de entrada de mercadorias, com 38% do mercado, com US$ 15,68 bilhões de dólares. Ao todo, movimentou US$ 18,5 bilhões em 2013.

O aeroporto de Manaus movimentou cerca de US$ 5,37 bilhões em 2013, enquanto o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, movimentou quase US$ 4 bilhões.

O nosso Aeroporto Afonso Pena disputa a quinta posição com o Aeroportos de Cofins, vindo a seguir o Aeroporto Salgado Filho. Tem uma parcela de 0,46% (8º lugar) na fatia de mercado das exportações e 3,47% (5º lugar), nas importações. Seu movimento de carga atingiu US$ 1,48 bilhões em 2013, sendo US$1,43 bilhões na importação e 51,74 milhões na exportação.

Extraindo-se os dados de comércio exterior de cargas com origem e destino nos Estados do Paraná e Santa Catarina que são movimentadas pelos Aeroportos de Guarulhos e Viracopos, chegou-se aos valores de mercadorias, componentes de cadeias produtivas, que poderiam estar sendo transportadas pelo Aeroporto Afonso Pena, que devido a sua condição geográfica oferece uma distância muito mais favorável comparada aos aeroportos paulistas. Esses números são detalhados a seguir.

Na exportação da cadeia produtiva de máquinas, aparelhos e materiais elétricos são US$ 111,23 milhões, que em 2013 foram exportados por Guarulhos e Viracopos. Já, na cadeia produtiva de reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos foram US$ 211,39 milhões.

Na importação as três principais cadeias produtivas apresentaram o montante de US$ 636,0 milhões em 2013, de mercadorias importadas pelo Paraná e Santa Catarina por Guarulhos e Viracopos. Na cadeia produtiva de máquinas, aparelhos e materiais elétricos foram importados US$ 269,36 milhões, enquanto nas cadeias produtivas de reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e na cadeia de instrumentos, aparelhos de óptica, fotografia, cirurgia e precisão foram importados, respectivamente US$ 161,92 milhões e US$ 204,72 milhões.

Somando-se o total das exportações e importações tem-se o valor de US$ 958,62 milhões que representa a carga aérea potencial de comércio exterior, que representaria um acréscimo 64,8% frente a US$ 1,48 bilhões, movimentados pelo Aeroporto Afonso Pena em 2013.


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