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Disponível em <https://www.crea-pr.org.br/ws/2021/10/plantio-de-arvores-especies-inadequadas-interferem-na-infraestrutura-do-municipio-2/>.
Acesso em 28/03/2024 às 20h11.

Plantio de árvores: espécies inadequadas interferem na infraestrutura do município

Crea-PR fiscaliza planos de arborização de cidades para evitar problemas com acessibilidade, limpeza das vias e galerias pluviais, por exemplo

8 de outubro de 2021, às 10h35 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos

O plantio de árvores inadequadas em um município pode gerar diversos problemas principalmente com relação à infraestrutura. No quesito acessibilidade, os galhos e as raízes podem formar obstáculos e os troncos podem limitar a faixa de livre passeio. As raízes também podem danificar calçadas e ruas e interferir em linhas de distribuição de energia elétrica quando são muito altas. Além disso, plantar uma árvore sem planejamento também pode gerar danos à limpeza das vias e às galerias pluviais, já que as raízes podem danificar os tubos. 

É por isso que o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) fiscaliza os planos de arborização elaborados pelos municípios. O intuito é saber se esse planejamento está sendo feito por quem realmente é habilitado ao serviço. São autorizados a elaborar um plano de arborização, engenheiros agrônomos e engenheiros florestais. Engenheiros agrícolas, civis ou ambientais, por exemplo, também podem atuar, mas desde que componham uma equipe que envolva responsáveis técnicos habilitados. 

O Ministério Público do Paraná possui um Comitê Interinstitucional, que analisa os Planos Municipais de Arborização de todo o Estado, orienta os municípios sobre eventuais adequações e encaminha os documentos para fiscalização do Conselho. O Crea-PR tem um representante nesse comitê. E o repasse dos planos de arborização é feito por meio de convênio.

“Temos um convênio com o Ministério Público e vários outros órgãos e, juntos, analisamos os planos que são elaborados pelos municípios, considerando a parte técnica. É verificado se o conteúdo do plano está adequado e o Crea fiscaliza atribuições. São apenas alguns profissionais que têm habilitação para fazer o trabalho. Fiscalizamos o exercício legal da profissão, a falta de ART, entre outros. Estamos fazendo a terceira ação de fiscalização a pedido do Ministério Público”, relata a gerente do Defis (Departamento de Fiscalização) do Crea-PR, Mariana Maranhão.

Nesse cronograma, ainda de acordo com Mariana, os planos vão muito além do plantio de uma árvore. “Esse planejamento é um documento que especifica as diretrizes para gestão de árvores e é necessário para implantação de espécies mais adequadas para perímetro urbano. Enquanto Crea, portanto, verificamos a participação dos profissionais envolvidos e averiguamos suas atribuições”, completa Mariana.

A elaboração de um plano municipal de arborização costuma ser demorada. Em alguns casos, leva anos. E por isso não é raro haver uma troca dos profissionais responsáveis. “Também é comum que o documento esteja identificado com uma gama de pessoas envolvidas na gestão municipal e nem sempre consta, claramente, a identificação do responsável técnico. Por isso, não se pode fiscalizar só com o documento. É obrigatório entrar em contato com o município ou a empresa contratada para fazer o plano, para confirmar quem participou tecnicamente da elaboração”, finaliza. 

Em Maringá, desde 2012, o Crea-PR participa ativamente da construção e revisão do plano diretor de arborização da cidade, com representantes habilitados compondo o grupo que desenvolve este trabalho e realizando sugestões, críticas, levantamentos, diagnósticos e acompanhamentos. 

 

Sobre o Crea-PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de orientação e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.


Comentários

  1. Robinson Sebastian Selner says:

    Existem muitos profissionais que não entendem de arborização urbana e nem de escolhas de espécies que causam somente custos para as cidades. Vejo árvores plantadas de forma errada, sem considerar o porte final e a presença de calçadas, postes, muros e sistemas de drenagem, em diversos locais na cidade onde moro (São José dos Pinhais). Além disso, as mudas utilizadas em muitos locais são inadequadas, tortas e com altura do primeiro galho que desconsidera o pedestre. Uma voltinha por aí e muitos problemas são detectados. Florestais e agrônomos conhecem bem as espécies e suas aplicações, outros profissionais não são habilitados e acabam causando problemas! Selner, R. S. Engenheiro Florestal

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