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Acesso em 28/03/2024 às 13h09.

Engenharia Florestal paranaense é destaque na SOEA

CDER, Segurança do Trabalho, Fiscalização e Comitê Mulheres também tiveram representantes do Paraná em seus painéis

5 de outubro de 2022, às 19h06 - Tempo de leitura aproximado: 5 minutos

Flavia e Eleandro Brun.

Dois engenheiros florestais paranaenses estão apresentando seus trabalhos no Contecc – Congresso Técnico-Científico da Engenharia e da Agronomia – evento que acontece em paralelo à SOEA.

A Eng. Florestal Flávia Gisele Brun, que inscreveu o trabalho ‘Emprego de telhados verdes produtivos em habitações populares como alternativa a segurança alimentar urbana’, foi uma das 24 escolhidas para apresentar o conteúdo do seu estudo de forma oral (os demais estão expostos de forma escrita).  O projeto envolveu a avaliação de 06 ciclos produtivos de uma bancada experimental com telhado de fibrocimento de 6,00 mm convertido em telhado verde produtivo, com 03 espécies hortícolas: lface (Lactuca sativa var. crispa), Cebolinha (Allium fistulosum) e Salsinha (Petroselinum crispum). A produtividade média por módulo de telhado verde foi de 1,6 kg m-2, sendo os ciclos médios produtivos das espécies respetivamente de 42,5 a 48 dias.

“O custo médio para a implantação de um telhado verde produtivo usado é de R$ 239,40 por metro quadrado de telhado, ou seja, para uma casa popular de 36 m2 o custo de implantação e manutenção é R$ 10.139,29, sendo o retorno financeiro líquido caso a família deseje vender e manter o consumo  é de 10.570,29 – paga o telhado, mantêm o consumo da família e sobra R$ 431,00 (oportunidade de venda) O projeto se paga em um ano”, explicou a engenheira.

Flávia acrescentou: “Para temperos como a cebolinha e a salsinha, comuns a toda culinária brasileira de norte a sul e leste a oeste do país, também verificou-se uma redução de 50,5% do tempo de cultivo e colheita no telhado verde produtivo quando comparados a hortas convencionais. Nas hortas comuns estes temperos ficam prontos entre 50 a 90 dias para colheita e no telhado verde produtivo, ocorrem colheitas já aos 48 dias, o que propicia ao longo do ano 7,2 colheitas e nas hortas convencionais apenas 5,1 colheitas. Além disso, o controle de pragas e doenças foi possível em sua totalidade, apenas com medidas ecológicas, sem necessidade de aplicações de agroquímicos”.

A ‘Aceleração da compostagem de resíduos de poda urbana com adição de dejetos de animais’, foi o trabalho apresentado pelo Eng. Florestal Eleandro José Brun. “O destino adequado para os resíduos de poda urbana é de grande importância, principalmente quando temos em vista de que a maioria é depositada em aterros ou lixões. A compostagem é um processo aeróbio, de forma controlada, que ocorre com a atuação de vários micro-organismos, em duas fases distintas: termofílica e maturação. O trabalho buscou avaliar a compostagem em diferentes proporções de resíduos de poda urbana e dejetos de aves e suínos”, destacou o engenheiro.

O resultado do trabalho, segundo o Eleandro Brun, demonstrou que é possível realizar o reaproveitamento dos resíduos gerados pela poda, evitando a deposição em aterros e o empilhamento para se decomporem sem
controle, podendo gerar impactos ambientais.  “Pelo contrário, o projeto gerou lucratividade na comercialização do produto, tendo em vista a sua potencial viabilidade ecológica e econômica para as plantas”.

Confira o trabalho do Eleandro.
Confira o trabalho da Flávia. 

CDER, Enafisc e Comitê Mulheres 

Na tarde desta quarta-feira (05), os paranaenses, além de participarem como ouvintes em diversas reuniões e painéis, marcaram presença no evento presidindo a reunião nacional do CDER – Colégio de Entidades de Classe Regionais, palestrando no 6º Enafisc – Encontro Nacional de Fiscalização, e no Fórum Mulheres. Os três momentos contaram com a participação do presidente do Crea-PR, Eng. Civ. Ricardo Rocha.

O presidente da APEAM – Associação Paranaense de Engenheiros Ambientais, Luiz Guilherme Grein, presidiu a reunião nacional do CDER, onde foi decidido a realização de uma oficina técnica dentro da programação do 48º EPEC em Foz do Iguaçu.

A gerente do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, Eng. Amb. Mariana Maranhão, participou do 6º Enafisc apresentando a proposta do CreaSul de fiscalizar os parques de diversões e todas as instalações de atividades de aventura que utilizem equipamentos mecânicos e eletromecânicos, rotativos ou estacionários, mesmo que de forma complementar à atividade principal, a exemplo de circos e teatros ambulantes, que possam, por mau uso ou má conservação, causar risco a funcionários e/ou usuários. “A fiscalização dos Creas em Parques de Diversão e de Atividades de Aventura deve coibir a ação de pessoas inabilitadas na execução de atividades de Engenharia e Geociências, colocando em risco os usuários e pessoas que circulam nas suas imediações”, ressaltou Mariana.

Complementando a fala da gerente, Ricardo Rocha comentou um pouco sobre o trabalho que é feito no Paraná. “O Crea-PR trabalha de forma orientativa e não punitiva. Devemos mostrar aos profissionais os erros e ajudá-los nessa regularização. Eventos como este são importantíssimos para melhorarmos a nossa forma de abordagem e de atuação”, destacou.

Mesa diretiva do Enafisc

Em seguida, o presidente do Crea-PR compareceu a entrega da comenda do mérito da Associação Nacional de Engenharia de Segurança do Trabalho (Anest) para o presidente do Confea, Eng. Civ. Joel Krüger. Neste momento o presidente do Conselho aproveitou para reiterar seu apoio a Engenharia de Segurança do Trabalho e enalteceu o trabalho que vem sendo desenvolvido pelos conselheiros da modalidade no Paraná.

Presidente Ricardo durante sua fala

A Eng. Civ. Célia da Rosa, foi uma das palestrantes do Fórum Mulheres e destacou: “lançamos uma meta: ter mais mulheres nas lideranças do Sistema Confea/Crea/Mútua. Com ela esperamos alcançar, nas próximas eleições para a presidência dos Creas, 50% do quórum de presidentes mulheres. Estamos buscando a equidade! Iguais condições para homens e mulheres.”

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Coordenadora do Comitê Mulheres, Karlize Posanske, e a Eng. Civ. Célia da Rosa

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Acesse a página da 77ª SOEA e acompanhe mais matérias sobre o que está sendo discutido no evento.

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Delegação do Paraná na SOEA

 


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