Plano Viver Sem Limites teve apoio técnico do CREA-PR
21 de novembro de 2011, às 14h16 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
Foi lançado na última quinta-feira (17) em Brasília o programa Viver sem Limite que vai oferecer 150 mil vagas para qualificação profissional das pessoas com deficiência. A previsão é investir R$ 7,6 bilhões até 2014 para ampliar a integração da pessoa com deficiência na sociedade. As ações do Viver sem Limite, nome dado ao Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, estão distribuídas em quatro eixos: educação saúde, inclusão social e acessibilidade. E, segundo a presidenta Dilma Rousseff, a grande gestora deste plano foi a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
Há pouco mais de um ano o coordenador do Fórum Permanente sobre Acessibilidade e ouvidor do CREA-PR, Antônio Borges dos Reis, apresentou a então senadora Gleisi um projeto para a criação de uma Secretaria Nacional para a Pessoa com Deficiência e solicitou o seu apoio a causa. “Posso dizer com franqueza que este Plano foi baseado naquilo que apresentamos à ministra Gleisi Hoffmann. Temos um histórico político, uma relação que vem desde 1993, onde eu tive a oportunidade de mostrar a ela entidades e políticas relacionadas às pessoas com deficiência, ligadas à questão da acessibilidade”, diz Borges, que ainda ressaltou a importância do então presidente do CREA-PR, Álvaro Cabrini Jr., no apoio à criação do Fórum, que gerou o Programa Permanente sobre Acessibilidade do Conselho. “A atuação forte do CREA-PR também influenciou a ministra, ela participou de diversos eventos do Conselho e teve todo o apoio técnico para desenvolver o Plano Nacional”.
O eixo de acessibilidade do plano prevê que todas as casas construídas pelo programa Minha Casa, Minha Vida 2 serão projetadas com possibilidade de adaptação para receber pessoas com deficiência. Haverá a exigência de acessibilidade em obras de mobilidade urbana, no PAC das grandes cidades e para a Copa de 2014. Outras ações ligadas à área serão: a criação de 5 centros de Formação de Treinadores e Instrutores de Cães-Guias, microcrédito aos deficientes, desoneração tributária e a criação do programa nacional de inovação e tecnologia. As atividades desenvolvidas para esta seara serão administradas pela Secretaria de Acessibilidade e Programas Urbanos.
“Nós engenheiros e arquitetos temos uma dívida com a sociedade, pois quando projetamos as cidades não tínhamos noção das necessidades das pessoas com deficiência. Sempre digo que as cidades são deficientes e não as pessoas. Existem ações isoladas nos municípios para promover a acessibilidade, agora podemos contar com um plano nacional com recursos disponíveis, algo inédito no Brasil”, resume Borges, que participou da solenidade de lançamento do Plano Viver Sem Limite, em Brasília.
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