Engenharia a frente da manutenção de equipamentos odonto-médico-hospitalares durante a pandemia
12 de agosto de 2020, às 12h25 - Tempo de leitura aproximado: 2 minutos
As instituições de saúde, como hospitais e clínicas, operam com máxima capacidade desde o início da pandemia. Para evitar a interrupção do atendimento por falhas nos equipamentos, as manutenções odonto-médico-hospitalares são realizadas por Engenheiros Mecânicos e Eletricistas em todo o Estado.
Na Regional Maringá do Crea-PR, os fiscais monitoram as atividades no setor odonto-médico-hospitalar em todos os empreendimentos em que as engenharias, a agronomia e as geociências estão presentes. As atuações dos profissionais de Engenharia da região Noroeste são acompanhadas a partir de dados públicos e dos registros das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs). A região tem sete empresas habilitadas para prestar serviços em hospitais e clínicas.
São 163 profissionais da Engenharia Elétrica habilitados no Crea-PR para a prestação dos serviços odonto-médico-hospitalares e 172 nas áreas de Engenharia Mecânica e Metalúrgica. Os demais profissionais registrados no Conselho, que também podem realizar serviços em hospitais, são das modalidades de Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia Civil, Engenharia Química, Agronomia, Agrimensura, Geólogos e Engenheiro de Minas, cada um nas suas respectivas áreas de atuação.
O Engenheiro Eletricista Bruno de Moraes Amaral, de Maringá, presta serviços para uma empresa especializada em manutenções odonto-médico-hospitalares em pelo menos 20 municípios da região Noroeste. São seis anos de experiência em hospitais e dois anos em clínicas. “Tem hospital que faz uma gestão do parque tecnológico de equipamentos médicos hospitalares de acordo com as normas da ONA e ISO 9001, anualmente. Nestes casos, esses equipamentos devem seguir a RDC02/2010. Já nas clínicas, os serviços são por demanda”, destaca.
Em épocas de pandemia, quando algum equipamento quebra ou sofre algum dano, o mesmo recebe uma assepsia no local onde está, antes de ser encaminhado ao setor de Engenharia do hospital. No departamento, o equipamento danificado passa novamente pelo processo de assepsia antes de ser vistoriado. Depois, em alguns casos, o equipamento consertado fica na quarentena, assim como ocorre com a população de maneira geral.
UTI
Devido aos novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamentos relacionados à Covid-19, a demanda por manutenção e revisão de equipamentos que serão instalados nestes espaços aumentou. A vistoria é realizada nos carrinhos de anestesia; monitores multiparamétricos; desfibriladores e cardioversores; eletrocautérios; entre outros itens. “A inspeção para verificar se os aparelhos estão em boas condições de uso dá confiabilidade aos médicos e garante maior qualidade no atendimento dos pacientes durante a realização dos procedimentos”, explica.
As manutenções realizadas em hospitais e clínicas podem ser preditivas, preventivas e corretivas. A melhor forma é a preditiva, pois nela é possível agendar as interrupções e reduzir desmontagens desnecessárias nos equipamentos. O Crea-PR alerta que tanto a instalação quanto a manutenção dos equipamentos deve ser feita por empresas especializadas, com profissionais capacitados que atuam para o funcionamento correto dos aparelhos, buscando a segurança dos pacientes e das equipes.
“Os fiscais do Conselho continuam fazendo o monitoramento, para verificar se os equipamentos odonto-médico-hospitalares estão sendo supervisionados por profissionais devidamente habilitados. Entretanto, é importante que os gestores de clínicas e hospitais mantenham o cronograma de manutenções para garantir a funcionalidade adequada dos equipamentos, minimizando interrupções imprevistas”, alerta o gerente da Regional Maringá, Engenheiro Civil Hélio Xavier da Silva Filho.
Carina Bernardino
Assessora de Imprensa do Crea-PR / Regional Maringá
Eder Pereira
Poderia ter informado melhor, pois quais são os cursos técnicos aceitos e reconhecido pelo MEC que possam atuar na manutenção técnica na área de equipamentos hospitalar laboratório fisioterapia e odontológico seria técnicos mecânica industriais, mecatronica, eletrotécnica, porque até onde conheço não precisa ser somente engenheiro mecânico
Olá, Eder! As informações sobre cursos e registro dos técnicos precisam ser verificadas com o CFT/CRT, visto que esses profissionais agora possuem outro Conselho. De fato, há algumas atividades relacionadas que podem ter sombreamento entre técnicos e engenheiros, porém algumas são exclusivas da Engenharia.
Gostei muito do conteúdo. porém; não foi mencionado qual é o tempo de quarentena. poderia nos informar por favor. se há alguma norma etc..
muito obrigado.
Olá! Tempo de quarentena para poder realizar manutenção nos equipamentos? Não entendemos seu questionamento, José.
Adorei o conteúdo de Manutenção de Equipamentos Hospitalares e Odontológicos
Que bacana, Daniel! Agradecemos seu comentário 🙂
Uma pena a falta de citação na matéria da especialização em Engenharia Clínica que agrega conhecimentos fundamentais aos profissionais formados nas engenharias e que atuam na área odonto-medico-hospitalar.
O Engenheiro Clínico é o profissional que aplica as técnicas da engenharia no gerenciamento dos equipamentos de saúde com o objetivo de garantir a rastreabilidade, usabilidade, qualidade, eficácia, efetividade, segurança e desempenho destes equipamentos, no intuito de promover a segurança dos pacientes.
Todos os grandes hospitais com certificações de qualidade tem em seu quadro funcional profissionais com esta especialização.
Olá, Marcio. Tudo bem?
Você está certo sobre a especialização em Engenharia Clínica não citada na reportagem, profissionais que também atuam nas manutenções de equipamentos odonto-médico-hospitalares. A citação por uma série de motivos. Não ocorreu pois a reportagem é da região Noroeste do Estado, onde há poucos profissionais especializados nesta modalidade. Além dessa questão, a Engenharia Clínica ainda não é reconhecida oficialmente pelo Sistema Confea/Crea e, conforme estabelecido na RDC 02, qualquer profissional de nível superior pode se especializar nesta área, em que o principal foco de atuação é na gestão de hospitais, por isso não a citamos. Mas agradecemos sua participação!