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Acesso em 03/12/2024 às 20h57.

Painel na 79° SOEA discute tecnologias de baixa emissão de carbono sob mediação do Presidente do Crea-PR Eng. Agr. Clodomir Ascari

9 de outubro de 2024, às 18h00 - Tempo de leitura aproximado: 4 minutos

Na 79ª edição da Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA), realizada em Salvador, Bahia, o painel “Tecnologias de baixa emissão de carbono” destacou o papel crucial dos profissionais das engenharias, agronomia e geociências na mitigação das mudanças climáticas. O evento contou com a mediação do Presidente do Crea-PR, Eng. Agr. Clodomir Ascari, que ressaltou a importância da atuação dos profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua nas soluções para garantir a sustentabilidade ambiental.

Ascari iniciou o painel ressaltando a relevância do debate para o futuro do planeta e o papel essencial que os profissionais do Sistema Confea/Crea e Mútua devem desempenhar na busca por soluções sustentáveis. Ele sublinhou que a longevidade do planeta depende de ações concretas em todas as profissões ligadas às engenharia, agronomia e geociências: “Os temas que serão tratados aqui têm a ver com isso, e todas as nossas profissões precisam fazer esta reflexão e atuar para que possamos cuidar melhor do nosso ambiente”, afirmou, convidando o primeiro palestrante a subir ao palco.

Certificados de carbono e o futuro do mercado no Brasil

O Eng. Prod. Fernando Giachini Lopes, Diretor Executivo do Instituto Totum, abriu o painel falando sobre os certificados I-REC e créditos de carbono. Segundo Lopes, embora o Brasil ainda não tenha um mercado regulado de carbono, espera-se que isso mude ainda no próximo ano, com a possível aprovação de um projeto de lei no Congresso. “Hoje, as empresas no Brasil ainda fazem seus processos de certificação por iniciativa voluntária e reputacional”, explicou.

Lopes também abordou as metodologias que as empresas deverão adotar para reportar suas emissões e cumprir metas de redução, como a compra de créditos de carbono. Ele mencionou que o valor atual dos créditos de remoção de carbono pode variar de US$ 40 a US$ 50, enquanto os de compensação ficam na faixa de US$ 5 a US$ 10.

Agricultura de baixa emissão de carbono (ABC+)

O Eng. Agr. Breno Campos, Diretor do Departamento de Florestas Plantadas e Sustentabilidade (Deflops/PR), apresentou o plano ABC+, que visa reduzir as emissões de carbono nas atividades agrícolas. Campos destacou o papel do Paraná como pioneiro nesse setor, com metas arrojadas e grande participação de instituições locais.

“A agricultura brasileira não é a vilã das emissões de carbono; pelo contrário, é parte da solução”, afirmou Campos, destacando o trabalho desenvolvido por 37 instituições no estado do Paraná para a promoção de práticas sustentáveis. Ele também mencionou selos como “Carne Baixo Carbono” e “Soja Baixo Carbono”, que buscam agregar valor aos produtos brasileiros.

Energias renováveis e o futuro dos combustíveis

O Eng. Quím. Delano Mendes de Santana, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), trouxe uma perspectiva sobre o papel das tecnologias na transição energética. Segundo Santana, já vivemos transições energéticas significativas, como a passagem do carvão para o petróleo e agora para o gás natural, sendo o hidrogênio a nova fronteira.

Santana destacou o desenvolvimento de biocombustíveis e energias renováveis como pilares para uma economia de baixo carbono. “Descarbonização significa retirar o carbono dos processos produtivos, mas, em alguns setores, como a produção de plásticos e resinas, ainda dependemos de fontes de carbono. A solução está em utilizar carbonos renováveis e reciclar resíduos”, explicou.

Transporte marítimo e descarbonização

O Eng. Amb. Helder Nocko, da EnvEx Engenharia, encerrou o painel discutindo o papel do setor de portos e transporte marítimo na gestão das emissões de gases de efeito estufa. Nocko ressaltou que o transporte marítimo é responsável por 80% do comércio mundial e que, embora sua emissão de gases do efeito estufa seja comparável à de grandes nações, como Alemanha e Brasil, o setor tem potencial para grandes avanços na redução de emissões.

Ele destacou o trabalho da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) em parceria com a GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional) para desenvolver estratégias de descarbonização nos portos brasileiros, além de iniciativas internacionais que envolvem a colaboração de stakeholders globais.

Encerramento e perspectivas futuras

Ao final do painel, o Presidente Clodomir Ascari destacou o orgulho de ver jovens profissionais tão comprometidos com a sustentabilidade e chamou ao palco o deputado Fábio Oliveira – da Frente Parlamentar da Engenharia, Agronomia, Geociências e da Infraestrutura e Desenvolvimento Sustentável do Paraná e o assessor da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Eng. Civ. Ricardo Rocha e outras autoridades para entregar uma homenagem do Confea aos palestrantes. O debate deixou claro que as tecnologias de baixa emissão de carbono são essenciais para o futuro do planeta e que a engenharia e agronomia têm um papel central nesse processo.

A 79° SOEA é um evento Carbono Neutro, com práticas e iniciativas voltadas para minimizar o impacto ambiental, como o incentivo ao uso de transporte coletivo e a redução de plásticos.  

A 79ª SOEA, que começou no dia 7 de outubro, segue até o dia 10, com cobertura completa que pode ser acompanhada pelo site do Confea

Todas as fotos da comitiva do Crea-PR estão disponíveis no link


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